segunda-feira, 26 de março de 2012

Favelados cantando Aquarela.

Mundo da miséria
Favelados cantando aquarela...

" Numa folha qualquer
eu desenho um sol amarelo..."

Amarelo?
Não!
Vermelho!

Um sol com a cor do sangue
Que derramaram de um povo
Pois não se viram no espelho!

Economia emergente.
Cadê a distribuição de renda,
desse povo carente?

Sai FHC, Lula e entra Dilma no poder...
E mudou o quê?

" ..E com cinco ou seis retas
é fácil fazer um castelo..."

Castelo de trancas,
com grades muros altos.
Cercado de homens armados.
Presídios espalhados por todos os lados.

"...No instante imagino,
uma linda gaivota voar no céu"...

E como se a liberdade,
traduzisse-se em suas asas.
Acima desses muros
Contornando a imensa curva
Que separa
Desigualdade, privação e miséria.
Dessa vida injusta.
E o favelado cantando aquarela.

"... Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está..."

"...Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)..."

* Trechos da música de
(Toquinho, Fabrizio, Vinicius de Moraes e Morra) Aquarela"

sexta-feira, 16 de março de 2012

Fora do padrão da O.N.G.

Linguagens
Locução minha
De minha voz vazia
Para aqueles que desacredita

Vou dizer...

Minha língua
É veneno para o "poder"
Delatando a hipocrisia
Da instituição assistencialista

Língua solta
Do órgão não governamental
Lavagem de dinheiro
Como algo natural

Me criaram cobra
Na surdina um rato
De laboratório experimentado
Para ser um aliado
Da maldita corrupção
Nepotismo vivendo ao lado

E eu...

Marionete
Brinquedinho manipulado
Apenas assistindo tudo
Sendo conivente calado

Mas eu falo!
Solto a língua
Minha linguagem vazia
Sendo preenchida pelo meu relato

Simplesmente sou descartado
Não me enquadro
No quadro de funcionários.