domingo, 13 de outubro de 2013

Ácrata


O que tenho
São meus protestos
Malditos versos
Que amam a desordem
Essa sim
Quer-me a toda hora
Com pênis ereto
Obelisco
De afirmação machista
Com perna aberta
Pra trepar revolução!
E a sociedade
Ao gozo das imposições de ordem
Princípio de suicídio
Afundando-se em papéis da burocracia

O que tenho
Além dos protestos
Mais mesquinhos
Pequeninos
Na imensidão
das necessidades
Versos agraciados
Que se curvam
A gramática da vaidade
Da pontuação e da concordância
Respeitando a forma culta de uma palavra.
Foda-se!