domingo, 8 de fevereiro de 2015

Alucinação


Minha alucinação,
É suportar o dia a dia
Como o autor da divina comédia humana
Sabiamente já dizia.
Angustia que suporto
Assistindo as artroses
Do desgoverno de sua base aliada.
Do pulmão que causam as tosses.
Tuberculoso na falha de aceitar a esmola.
Com mão que aperta a do opressor.
E que omite sua falta de amor.
Vulneráveis seres da vulnerabilidade.
Que ao baixar nossas cabeças
Escondemos nossas habilidades.
E escrevemos...
Na ponta do lápis,
Na tinta da caneta
Que seja nossa válvula de escape.
Antes que possamos explodir
E mandar tudo para os ares.
Que seja essa palavra
Ora escrita
Ora falada.
Na oralidade de uma experiência
Repassada a geração
Que no mínimo de competência
Seja menos ignorante
E com mais atenção.
Que vigie seus tais “líderes”
E que neles jamais acreditem.
Pois sábia é a sociedade que não aceita
Ser manobra de politicagem.
E com o poema de Drummond
Derradeiro essa mensagem
Nossas alucinações
São alegorias de nossa realidade.

(Inspirado em Belchior, Drummond e nossas experiências por coisas reais)