Rios e céu no passado tão anis
O verde de florestas belas
Nos imensos horizontes tropicais
Não vejo mais!
Chega a noite e me entristeço
E não vejo as estrelas que costumava ver
Cadê a majestosa lua que vive a se esconder?
Se bem que, não é ela que se esconde.
Nosso devorador astro natural
Que consome as trevas
Iluminando nossa noturna terra.
É sequestrado todas as noites
Tampada nossa contemplação.
Conseqüência da atmosfera cinzenta
De toda essa poluição.
Obra do idolatrado progresso tecnológico
Desenvolvendo, indústrias,
economias e agronegócio
Roubando e destruindo
os verdes purificadores florestais,
os mares e grandes rios que revitalizam
as variadas espécies existenciais.
Não se vêem mais amarelos das secas folhas
Que caem em gloriosas estações de outono
De chaminés fabris, veículos e queimadas de florestas
Se vêm aumentar o dióxido de carbono
São as principais causas
do global aquecimento
Reduzindo assim nossas vidas,
progresso e desenvolvimento.
Onde tudo fora lindo e natural
Hoje não há paz, nem beleza
Nesse mundo de momentânea
Satisfação consumista artificial.
O homem é seu próprio predador animal
Destruidor de grandes riquezas de modo irracional.
Rios grandiosos, nesse espaço territorial,
transformados em hidrelétricas, suprindo de energia
esse povo descomunal.
Povo que cresce dia após dia e negando de maneira contundente, o valor da natureza.
Não enxergam no verde, amarelo, azul e outras cores nativas seu poder e riqueza.
Extraindo, madeira, minérios, transpondo rios, construindo estradas, sumindo com as entranhas de nossas matas.
Nasci e vivo nessa imensa selva de pedra e concreto.
Porém sempre ouço ditado frondoso
Que mais são ensinamentos de amigo saudoso,
Caboclo Pena Branca de descendência da tribo dos Tupinambás
Das muitas terras que aqui passaram disso já ouvi falar.
Manifesta-se a defender,
reivindicando os interesses de nativos
e pelo verde combater, clama a Ogum e Oxossi em Humaitá,
e todas as entidades das matas recorre a avisar.
Alerta o desmatamento das florestas,
Do ar e a extração do sangue da mãe terra no mar.
Que acabam com ecossistema e biodiversidade em que tudo há.
Bom conversar, bom lembrar,
dos verdadeiros moradores destas bandas.
Eles sim a natureza sabiam respeitar.
Salve a todos os índios que nessa terra tiveram a honra de habitar e preservar.
Infelizmente a preservação da natureza virou burocracia e monopólio do Sistema, que mais reprime e segrega os verdadeiros donos
e agora poucos que restam nestas terras,
mas façamos nossa parte, pois o mínimo é a grande arte.
Em minha reflexão em meio a pedras e concretos.
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