sábado, 6 de agosto de 2011

O mudo e o violão.


Naquele banquinho ele estava só.
E parecia distante...
Ele e seu violão.
Eu, observava-o de longe,
e ia apreciando a harmonia.
Que ele descontraidamente,
tirava daquelas seis cordas.
Não abria a boca pra nada.
E de cabeça baixa.
Ele ia dedilhando.
Ele ia olhando...
Como que admirando.
A manipulação de seus dedos.
Construindo cada acorde.
Extraindo cada som.
Que sem palavras,
Interpretava a vida e a morte.
De quando em quando mudava o tom.
Mas a vibração de cada corda.
Me parecia dizer alguma coisa...
E ela dizia.
"Sou apenas um mudo.
Morto na linguagem.
Mas vivo na emoção.
Quem quiser me ouça.
E quem quiser tire a própria conclusão."

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dose de Nostalgia

Me vê a dose de um Whisky antigo.
Para com o tempo, melhor possa eu me embriagar.
Me vê aquele cigarro com puta mal trago bandido.
E na fumaça. esse mesmo tempo, possa me roubar.
Me vê a maior quantidade de vícios seus,
pra que eu possa ao menos escolher.
A qual delas vou me adaptar.

Me vê suas lembranças e sonhos perdidos.
Quem sabe até posso divagar...
E rir um pouco,
dessa sua tal nostalgia.
E nos tempos em que falávamos de revolução e rebeldia.
Que agora virou piada em nosso estranho dia dia.
Mê vê esses tempos que não mais voltam.
Mas apenas em nossas memórias.
E volta, nos enganando.
Fazendo com que apenas fiquemos pensando.
Que vivíamos em um tempo bom...