sábado, 17 de janeiro de 2015

R$ 3,50 Nem Tenta!

A multidão que se espreme
Pelas ruas se espalham
A carne que sangra
É navalha que corta
Gangrenando a coragem
Com faixas, atitudes e cartazes.

Batalhões encapuzados
Não se comove
Sem identificação
Ou identificados
Todos com o mesmo símbolo
O do Estado
O choque
Terror
Bombas voando do oitavo andar
Chama atenção
Dispersa multidão
Prende o baderneiro
Que a tarifa não quer pagar
Passa por baixo
Pula a catraca
Peça carona
Avisa o chefe
O movimento tem que aceitar
Não adianta reclamar
Quebrar, espernear
Coloco meus cães pra te caçar
Líder nato do estado
De sangue autoritário
Eu que mando
Aumento os impostos
E reduzo seu salário
Se, falta água a culpa é tua!
Arca com as consequências
Ou toma banho
Na casa de vossa excelência
O grande ditador
Ou o do raio gourmetizador
Pinta rua de vermelho
Com sangue de manifestante
E faz dessa brecha
Ciclo-faixa pra classe média
Passe Livre vira piada
Engole a seco as gargalhadas
De coxinhas e de reaças
Que na internet comenta
Ou querem tudo ou ficam com nada.
Troca – troca de secretário
Pra garantia continuada
Passa, repete, esquece.
Chega!
Vê se não me aborrece!
Passe Livre é pra todos.
3,50 Nem tenta!
Grita a voz da resistência!


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

No passo dado (pra ela)

Qual passo dado
Laço amarrado
Traço de linha acertado
Motivações que não fazem curva 
Segue-se a disputa
Sadia de fazer um do outro mais feliz
Dois mil e quinze renovados.
Minha conduta 
Postura 
Sem rodeios
Na linha reta te anseio.
Ao passado 
Presenteio 
Dois mil e catorze
Com sorriso farto
Saciado 
De tanta felicidade
Meu passo
Laço
Passível de amasso
Caminho junto
É isso aí, tamu junto!
Eu e meu amor lado a lado.
E não é de boca pra fora 
É de fora pra boca 
Delicio-me em seus lábios.
Em seus braços
Em seus seios
Em seus passos
Em seus...
Desenho os meus
E deles os meus faço.
Seu meio, meu meio.
Nosso meio 
De eternos amados.