A multidão que se espreme
Pelas ruas se espalham
A carne que sangra
É navalha que corta
Gangrenando a coragem
Com faixas, atitudes e
cartazes.
Batalhões encapuzados
Não se comove
Sem identificação
Ou identificados
Todos com o mesmo símbolo
O do Estado
O choque
Terror
Bombas voando do oitavo
andar
Chama atenção
Dispersa multidão
Prende o baderneiro
Que a tarifa não quer
pagar
Passa por baixo
Pula a catraca
Peça carona
Avisa o chefe
O movimento tem que aceitar
Não adianta reclamar
Quebrar, espernear
Coloco meus cães pra te
caçar
Líder nato do estado
De sangue autoritário
Eu que mando
Aumento os impostos
E reduzo seu salário
Se, falta água a culpa é
tua!
Arca com as consequências
Ou toma banho
Na casa de vossa
excelência
O grande ditador
Ou o do raio gourmetizador
Pinta rua de vermelho
Com sangue de manifestante
E faz dessa brecha
Ciclo-faixa pra classe
média
Passe Livre vira piada
Engole a seco as
gargalhadas
De coxinhas e de reaças
Que na internet comenta
Ou querem tudo ou ficam
com nada.
Troca – troca de
secretário
Pra garantia continuada
Passa, repete, esquece.
Chega!
Vê se não me aborrece!
Passe Livre é pra todos.
3,50 Nem tenta!
Grita a voz da resistência!
Nenhum comentário:
Postar um comentário