segunda-feira, 9 de agosto de 2010

20 de setembro de 2005


“Vós que vireis, na crista da onda em que nos afogamos. Quando falardes de vossas fraquezas, pensai também, no tempo sombrio a que haveis escapado.”[1]

E escapado como feliz deslize, superei as aflições que, em certas ocasiões, adquiri como conseqüências e inconseqüências de meus atos.

Fui trancado, como um monstro que recebe como prêmio da infeliz investida, o banimento da sociedade, experimentando o ar carregado das prisões. Fazendo pela vergonha de ver o filho levado algemado e humilhado, Dona Fátima chorar, se humilhar e até as tais "autoridades" insultar, e eu de traz de grades, mesmo mudo, minha vontade era gritar.

Lembro-me do erro que superado, sei que cai, por infeliz fraqueza. Mas isso foi um ótimo aprendizado, dessa escola da existência. E isso eu posso ter certeza.

Hoje caminho na crista da onda literária, em um sadio afogamento de leituras, resenhas, reflexões de grandes pensadores, nesta orbe planetária. São diversas as leituras, me ajudando a melhor compreensão, do mundo em que vivo e do mundo que escapei que sombrio e tenebroso neste mundo quase me afundei e onde estão ainda muitos irmãos, que na intransigências de seus atos sofrem penosa exclusão.


[1] BERTOLT BRECHT do poema (Eu queria ser um sábio)

Um comentário:

  1. Saraus surgiram pela necessidade intrínseca de promover as artes em geral. Estímulo à criatividade, a produção de seus participantes e, não à repressão ou limitação de espaços - ficar à margem quando podemos compartilhar. Umas das soluções possíveis é elencar, entre os critérios mais importantes, a participação de todos. Todos possíveis. Todos artistas. Artistas-cidadãos. Estamos menos interessados na sociedade do espetáculo onde permeiam a sensação de isolamento artístico e fogueira das vaidades e convergindo mais nos diálogos com a arte enquanto instrumento de transformação, de espíritos independentes e o agradável desafio de poder contemplar a todos.

    PerifAtividade neles ! É tudo nosso, inclusive as vírgulas ! ! !

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