terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ciúmes

Ele é navalha
E Sangra a pele
Couraça e armadura
É a brecha
fissura
 granito
E grita...
Pelo ódio
Transbordando
Alagando
Residências
E ao pedir clemência
É ainda mais cruel
Com lágrimas
De seu fel
Insano
No engano
Na mentira
Corja
Que assassina
A esperança!
Numa dança
Derretendo-se
Como ártico
Que lentamente
Despiu-se
Mostrando sua nudez.
Não perdendo
A característica
Fria e calculista
É o medo
Verdade absoluta!
A vergonha de viver.
A causa e o efeito.
A imoral
O defeito
A imortal inconsciência.
De sentir-se menos.
É a venda nos olhos.
O ato e o remorso.
Perseguição, 
preguiça.
É o pelo no ovo.
Cobiça!
É o amor em regresso
Possesso
Em possuir
Dominar e exigir.
As correntes
Que nos prende.
A não avançar
Não prosseguir.

(Paulo Rams)

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