segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sítio Agudo

Acordo com o canto do galo

São quatro ou cinco da manhã

Faz um bom tempo que no mato

Afasto-me de meu cotidiano afã

Região serrana e vegetação rica

O que se planta nasce

O que se colhe

A fome não tem parte

Todos vivem muito bem, obrigado

Em seu vai e vem melindroso

Levando seus garrotes e bois

Para o pasto espaçoso

Diversas plantações de frutas e legumes

Erva, feijão, macaxeiras, tomates,

Limão, bananeiras, laranjas, abacates,

Mangueiras, pé de jaca e goiabeiras,

Pé de acerola, melancia e graviola.

O nome é sítio agudo

Onde não se tem miséria, tem de tudo

Só não tem água encanada

Pois essa é tirada direto da fonte

De um poço, por baixo da terra

Que se encontra abundante

Tem o sol e tem a chuva

E o ar de maravilha pura

Os cachorros latem,

Os pássaros fazem festa

Musicando essa bela paisagem

Escurece no sítio

E na varanda iluminada apenas pela lua

Dedilho um violão

A natureza é minha devoção

Depois descanso na rede

Comungando com a avó em sua oração.

3 comentários:

  1. Salve, salve poeta!! que faz do que pra muitos é comum a mais bela poesia!!!

    Abraço mermão

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  2. Muito bom!!!!você sentiu exatamente o que significa viver lá!parabéns!!
    Mas melindroso...????

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  3. Melindroso pelo afazeres sem muita pressa, indo pra lá e pra cá sem a correria que temos aqui em Sampa. E valeu mesmo pelos comentários. Assim que eu puder me mudo de vez pra lá.

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