"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias." Pablo Neruda
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Horário da novela.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Ela é a sensação
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
7 de Setembro - GRITO do IPIRANGA


sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Líquida Tristeza
Derramei a tristeza, como um líquido venenoso
De uma garrafa de vinho barato
Escorreru-se pelo esgoto
Pela estrada, deixei passos e pegadas
As marcas que não foram cicatrizadas
De uma vida, martirizada
Eu corri, como um menino, rindo da própria desgraça
Prossigo no isolamento incomum
A consciência, em trevas, não há beleza em lugar algum
Só pessoas e atitudes perversas, tristeza em comum.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Lembranças do agora.
sábado, 6 de agosto de 2011
O mudo e o violão.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Dose de Nostalgia
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Encarnação III

Encarnei.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Soneto do Capitalismo Universal.

sábado, 9 de julho de 2011
Por um bom tempo
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Cidade caída

segunda-feira, 4 de julho de 2011
(Trovador Mineiro)
Se um dia ocê quisé me encontrar...
Siga o cheiro do doce com queijo,
Da velhinha barrendo o quintá.
O boi geme no mourão,
terça-feira, 21 de junho de 2011
Sussurro de uma brisa
domingo, 12 de junho de 2011
DOBRE

- Fernando Pessoa, 1913
Biografia
Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, aí morreu em 1935, e poucas vezes deixou a cidade em adulto, mas passou nove anos da sua infância em Durban, na colónia britânica da África do Sul, onde o seu padrasto era o cônsul Português. Pessoa, que tinha cinco anos quando o seu pai morreu de tuberculose, tornou-se num rapaz tímido e cheio de imaginação, e num estudante brilhante.
Pouco depois de completar 17 anos, voltou para Lisboa para entrar na universidade, que cedo abandonou, preferindo estudar por sua própria conta, na Biblioteca Nacional, onde leu sistematicamente os grandes clássicos da filosofia, da história, da sociologia e da literatura (portuguesa em particular) a fim de completar e expandir a educação tradicional inglesa que recebera na África do Sul. A sua produção de poesia e de prosa em Inglês foi intensa, durante este período, e por volta de 1910, já escrevia também muito em Português. Publicou o seu primeiro ensaio de crítica literária em 1912, o primeiro texto de prosa criativa (um trecho do Livro do Desassossego) em 1913, e os primeiros poemas em 1914.
Vivendo por vezes com parentes, outras vezes em quartos alugados, Pessoa ganhava a vida fazendo traduções ocasionais e redacção de cartas em inglês e francês para firmas portuguesas com negócios no estrangeiro. Embora solitário por natureza, com uma vida social limitada e quase sem vida amorosa, foi um líder activo do movimento Modernista em Portugal, na década de 10, e ele próprio inventou vários movimentos, incluindo um "Interseccionismo" de inspiração cubista e um estridente e semi-futurista
Pessoa manteve-se afastado das luzes da ribalta, exercendo a sua influência, todavia, através da escrita e das tertúlias com algumas das mais notáveis figuras literárias portuguesas. Respeitado em Lisboa como intelectual e como poeta, publicou regularmente o seu trabalho em revistas, boa parte das quais ajudou a fundar e a dirigir, mas o seu génio literário só foi plenamente reconhecido após a sua morte. No entanto, Pessoa estava convicto do próprio génio, e vivia em função da sua escrita. Embora não tivesse pressa em publicar, tinha planos grandiosos para edições da sua obra completa em Português e Inglês e, ao que parece, guardou a quase totalidade daquilo que escreveu.
Em 1920, a mãe de Pessoa, após a morte do segundo marido, deixou a África do Sul de regresso a Lisboa. Pessoa alugou um andar para a família reunida - ele, a mãe, a meia irmã e os dois meios irmãos - na Rua Coelho da Rocha, nº 16, naquela que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Foi aí que Pessoa passou os últimos 15 anos da sua vida - na companhia da mãe até à morte desta, em 1925, e depois com a meia irmã, o cunhado e os dois filhos do casal (os meios irmãos de Pessoa emigraram para a Inglaterra).
Familiares de Pessoa descreveram-no como afectuoso e bem humorado, mas firmemente reservado. Ninguém fazia ideia de quão imenso e variado era o universo literário acumulado no grande baú onde ele ia guardando os seus escritos ao longo dos anos.
O conteúdo desse baú - que hoje constitui o Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa - compreende os originais de mais de 25 mil folhas com poesia, prosa, peças de teatro, filosofia, crítica, traduções, teoria linguística, textos políticos, horóscopos e outros textos sortidos, tanto dactilografados como escritos ou rabiscados ilegivelmente à mão, em Português, Inglês e Francês. Pessoa escrevia em cadernos de notas, em folhas soltas, no verso de cartas, em anúncios e panfletos, no papel timbrado das firmas para as quais trabalhava e dos cafés que frequentava, em sobrescritos, em sobras de papel e nas margens dos seus textos antigos. Para aumentar a confusão, escreveu sob dezenas de nomes, uma prática - ou compulsão - que começou na infância. Chamou heterónimos aos mais importantes destes "outros", dotando-os de biografias, características físicas, personalidades, visões políticas, atitudes religiosas e actividades literárias próprias. Algumas das mais memoráveis obras de Pessoa escritas em Português foram por ele atribuídas aos três principais heterónimos poéticos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos - e ao "semi-heterónimo" Bernardo Soares, enquanto que a sua vasta produção de poesia e prosa em Inglês foi, em grande parte, creditada aos heterónimos Alexander Search e Charles Robert Anon, e os seus textos em francês ao solitário Jean Seul. Os seus muitos outros alter-egos incluem tradutores, escritores de contos, um crítico literário inglês, um astrólogo, um filósofo e um nobre infeliz que se suicidou. Havia até um seu "outro eu" feminino: a corcunda e perdidamente enamorada Maria José. No virar do século, sessenta e cinco anos depois da morte de Pessoa, o seu vasto mundo literário ainda não está completamente inventariado pelos estudiosos, e uma importante parte da sua obra continua à espera de ser publicada.
Fonte: Casa Fernando Pessoa
- Peguei no meu coração
- E pu-lo na minha mão
- Olhei-o como quem olha
- Grãos de areia ou uma folha.
- Olhei-o pávido e absorto
- Como quem sabe estar morto;
- Com a alma só comovida
- Do sonho e pouco da vida.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Encarnação II

quinta-feira, 2 de junho de 2011

terça-feira, 31 de maio de 2011
Fundão do Ipiranga
sábado, 14 de maio de 2011
Odores
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Favelado que a elite não esperava!
domingo, 24 de abril de 2011
Dia Santo
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Suicida em potencial
Foi ao poço e caiu em seu fundo, depois de ter percorrido um longo espaço de lama. No seu rosto derramaram-se lágrimas, que materializadas em suas recordações sentia-se a mais infeliz da espécie humana.
Era o sacrifício que concretizava a maior de suas dores, viver, nunca fora nada daquilo que almejava, nem aquilo que agora experimentara, não havia reconhecimento de sua pessoa, diante da sociedade, ao que já tinha realizado.
E o que um dia pensava ter sido um amor, o havia rejeitado, menosprezado, humilhado. Não queria ter uma existência de individuo frustrado.
E no auge de sua angústia, seu coração endureceu-se, e esse peso enrijecido, compelia sua própria alma, negando tudo que já tinha feito e sem esperança alguma, do que ainda poderia fazer.
Até ali seu mundo era um oceano de ilusão, em nada mais acreditava.
Pensava seriamente em saltar de uma passarela, no meio de uma via movimentada em um fluxo constante de carros e caminhões, exterminando assim suas psicoses.
Ou mesmo compraria um revolver, de qualquer calibre, introduzindo assim um projétil em seu crânio, pensou também em afundar-se em uma grande quantidade de cocaína, que o levaria a uma overdose imediata, ou mesmo se atiraria nos trilhos de um trem de qualquer estação próximo a sua casa.
Não importava a forma pensava neuroticamente em exterminar-se.
De tudo isso nada fez, porém, já era um suicida em potencial e de todos os males que pensou em fazer consigo mesmo, fez aquilo que um covarde faria.
Viver se lamentando o resto de sua existência arruinada.
Acreditando que de todos os infortúnios o maior de todos foi ter nascido nesse mundo e sujeitar-se a viver por causa natural. Das conseqüências de sua covardia.
O mundo dele já não mais existia.
sábado, 9 de abril de 2011
Aos tradicionalistas
quinta-feira, 31 de março de 2011
Sentido Terminal Capelinha

Puta trânsito...
Vou escrever.
Sei lá, qualquer parada que me aparecer.
Olho pela janela.
Carros, ônibus, caminhões e motos.
Congestionamento.
E eu dentro do coletivo.
Ônibus sanfonado.
Não importa o tamanho.
Sempre está lotado.
Pelo menos viajo sentado.
Uma viagem sem sair do lugar.
A porra do buzão ta parado.
Quando chegar ao terminal.
Ainda tenho outra fila.
Pra outro ônibus esperar.
Com fone no ouvido.
Escutando um Espaço Rap.
U bagulho é loco.
Ao menos como diz o Hood.
Rap Du bom.
Distrai-me um pouco.
Nesse meu mundo.
Escrevo essas linhas.
Sentido o terminal Capelinha.
sábado, 26 de março de 2011
Depois de Chorar
quarta-feira, 23 de março de 2011
Ao prefeito de Sampa

Oportunistas matutos.
De partido coronelista.
Herdeiro da militar ditadura.
Hoje prefeito.
Amanhã governador.
Quem sabe presidente?
Espero que não!
São como pestes conservadoras.
Propagam-se como baratas.
ARENA, PFL, DEMONIOCRATAS.
Não entra em ônibus.
Vai ver que é por isso.
Que no Brasil todo,
pagamos a maior tarifa.
E para se manter no poder.
Deserta de seu partido e cria nova sigla.
terça-feira, 22 de março de 2011
Ditadores das Regras

História é um barato.
Previsível como jogo de cartas marcadas.
Pelos impérios ocidentais.
Ditando regras, armando suas jogadas.
Até hoje procuram no Afeganistão.
Os vestígios de Osama Bin Laden.
No oriente médio tomam de assalto.
Toda a riqueza do solo de um povo árabe.
Saddam Hussein foi sentenciado.
Tirado do buraco como um rato.
Seu fim.
Como em tempos medievais enforcado.
Talvez o mesmo destino que maquinam.
Para Ahmadinejad no Irã.
Para os ditadores do Bahrein, Iêmen e Síria.
Mas a bola da vez é Muammar Khadafi na Líbia.
Palmas para aqueles que pregam a Democracia.
Propagando um banho de sangue e selvageria.
Palmas para os senhores da guerra.
A história nos ensina, ela se repete e nos revela.
Quem são os verdadeiros ditadores das regras.
Intervenções militares.
Armamentos bélicos de última tecnologia.
Para dizimar povos e impor o que eles chamam .
De DEMOCRACIA.
domingo, 20 de março de 2011
Autômato
Não pergunte, não estude!
Não leia, não escreva!
Não diga não se arrisque!
Não se sensibilize não se regozije!
Não seja não creia, não crie.
Não acredite não tenha fé!
Não pense, cale-se!
Não pare não saia.
Não olhe não mire!
Não queira e não se admire.
Seu querer é não saber exatamente no que quer.
Se chegar a querer algo.
Fique no se.
Esqueça!
Só não esqueça.
Não enriqueça!
Não se adapte.
Não cogite não apite, não opte.
Não reivindique!
Não apareça não pareça!
Não perca novamente a cabeça.
Não corra não ande!
Não olhe pra traz e não se levante.
Não saia da poltrona.
Não peça carona.
Não arrisque não petisque!
Não trabalhe para si.
Pois é dos outros o lucro que se tem no bolso.
Não tenha, não obtenha!
Não reclame, não procure e não se segure.
Não interprete, não cante e não se estranhe!
Não esqueça que para o Sistema.
Você é um autômato!
Uma Máquina programada!
sexta-feira, 18 de março de 2011
Mulheres de Aquário
Mulheres que são deusas.
Delicadas, pequenas, mas gigantescas.
Mulheres divinas e não apenas.
São de Vênus, Amazonas e de Atenas.
Mulheres mães, esposas, irmãs, filhas e amantes.
Mulheres operárias, trabalhadoras e militantes.
Mulheres lendárias.
Astutas, perigosas.
Sedutoras e revolucionárias.
Mulheres de ação.
Sem elas... Nós homens.
Não temos chão.
Mulheres como Pagu, Rosa Luxemburgo,
Maria Bonita, Rosa Parks e Olga Benário.
Como Joana D’arc, Janis Joplim, Winnie Mandela,
E as mães argentinas da praça de maio.
São alguns exemplos.
De mulheres de opinião.
Do movimento feminista.
Reverenciamos como inspiração.
Já dizia o poeta Vinícius de Moraes.
Que as mulheres da era de aquário.
São tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais.
Se o que se quer é a boa esposa.
A aquariana pousa.
Se o que se quer é outra coisa.
A aquariana ousa.
Se o que se quer é muito amor.
A aquariana é mulher macho sim senhor.
Porém não são possessivas.
Nem procuram dominar.
Ou são meigas e passivas.
Ou botam pra quebrar.
Do Sarau mais feminista de São Paulo.
Navegando continuo nesse mar.
Dessa arte eis o novo cenário.
Essa é para as mulheres da Cidade Ademar.

sexta-feira, 4 de março de 2011
Martelada no dedo

Como deve ser o gosto do amor?
Será como plantar uma flor?
Ou deve ser uma martelada no dedo,
em uma dor que acusa a própria força de violentar a paz,
de vida fria e sem valor.
O amor será a paixão calorosa e ardente?
Ou uma flor mal cuidada,
implorando pra que seja regada,
por nossos olhos cegos,
furando a parede em marteladas.
O amor é sutil como pétala de orquídea?
Ou selvagem como vício no labirinto sem saída?
O amor é tudo,
o amor é nada!
O amor é uma dor de solidão compartilhada.
* Inspirada na frase do companheiro de caminhada Bruno A. Campos
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Sítio Agudo
Acordo com o canto do galo
São quatro ou cinco da manhã
Faz um bom tempo que no mato
Afasto-me de meu cotidiano afã
Região serrana e vegetação rica
O que se planta nasce
O que se colhe
A fome não tem parte
Todos vivem muito bem, obrigado
Em seu vai e vem melindroso
Levando seus garrotes e bois
Para o pasto espaçoso
Diversas plantações de frutas e legumes
Erva, feijão, macaxeiras, tomates,
Limão, bananeiras, laranjas, abacates,
Mangueiras, pé de jaca e goiabeiras,
Pé de acerola, melancia e graviola.
O nome é sítio agudo
Onde não se tem miséria, tem de tudo
Só não tem água encanada
Pois essa é tirada direto da fonte
De um poço, por baixo da terra
Que se encontra abundante
Tem o sol e tem a chuva
E o ar de maravilha pura
Os cachorros latem,
Os pássaros fazem festa
Musicando essa bela paisagem
Escurece no sítio
E na varanda iluminada apenas pela lua
Dedilho um violão
A natureza é minha devoção
Depois descanso na rede
Comungando com a avó em sua oração.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Coletivo Perifatividade
No fundão do famoso bairro do Ipiranga
Na divisa com a região do grande ABCD
Surge o movimento
Mostrando a periferia como tem que ser
Atividade alegre, com música e poesia
Ações sociais que identificam ousadia
Ousadia de quem merece de quem cresce
De quem trabalha o ano todo
Mas da cultura não esquece
Intervenções na comunidade
Mostra-se o valor da bela arte
E quem chega pra somar
Desse movimento também faz parte
Dos quadros e telas
Paredes sem reboque
Grafites, estêncil e frases soltas
Que a elite entra em choque
É o movimento da coletividade
No Sarau PERIFATIVIDADE.